Manual de Formação em Ciência Aberta
  • Manual de Formação em Ciência Aberta
  • 1 - Introdução ao Manual
  • 2 - Introdução à Ciência Aberta
    • 2.1 - Conceito e Princípios da Ciência Aberta
    • 2.2 - Dados e Materiais de Investigação Abertos
    • 2.3 - Software Aberto na Investigação
    • 2.4 - Investigação Reprodutível e Análise de Dados
    • 2.5 - Acesso Aberto a Publicações
    • 2.6 - Licenciamento Aberto e Formatos de Ficheiro
    • 2.7 - Plataformas Colaborativas
    • 2.8 - Revisão por Pares Aberta, Métricas e Avaliação
    • 2.9 - Políticas de Ciência Aberta
    • 2.10 - Ciência Cidadã
    • 2.11 - Recursos Educativos Abertos
    • 2.11 - Defesa e Promoção da Ciência Aberta
  • 3 - Sobre Aprendizagem e Formação
  • 4 - Aspetos Organizativos
  • 5 - Exemplos e Orientação Prática
  • 6 - Glossário
  • 7 - Referências
  • 8 - Ficha Técnica
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  • 7. Plataformas Colaborativas
  • O que são?
  • Fundamentação
  • Objetivos de aprendizagem
  • Componentes chave
  • Questões, obstáculos e equívocos comuns
  • Resultados de aprendizagem
  • Leituras adicionais

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  1. 2 - Introdução à Ciência Aberta

2.7 - Plataformas Colaborativas

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7. Plataformas Colaborativas

O que são?

As plataformas colaborativas online ligam investigadores geograficamente dispersos possibilitando uma cooperação sem interrupções, a partilha de objetos de investigação bem como de ideias e experiências. As plataformas colaborativas são habitualmente serviços online que disponibilizam um ambiente virtual a partir do qual várias pessoas podem ligar-se e trabalhar na mesma tarefa simultaneamente. Variam desde amplos Ambientes Virtuais de Investigação (AVI) que englobam uma série de ferramentas para facilitar a partilha e a colaboração, por exemplo fóruns ou wikis, alojamento de documentos colaborativos e ferramentas para análise ou visualização de dados e ferramentas disciplinares que permitem aos investigadores trabalharem em conjunto em tempo real sobre aspetos específicos da investigação (como escrita ou análise).

Fundamentação

A investigação colaborativa tem vindo a crescer exponencialmente, tornando-se as equipas mais interdisciplinares à medida que os investigadores trabalham cada vez mais em consórcios internacionais e interdisciplinares que possibilitam uma multiplicidade de perspetivas para questões de investigação específicas. Promover a investigação colaborativa nacional e internacional é, cada vez mais, uma prioridade das entidades financiadoras. Podemos encontrá-la, por exemplo, no centro da estratégia do Comissário da CE para a investigação, Carlos Moedas: “Ciência Aberta, Inovação aberta, abertas ao mundo”[REF]

Os Ambientes Virtuais de Investigação (AVI) e as plataformas colaborativas possibilitam a colaboração entre diferentes continentes, fusos horários e disciplinas. Neste módulo irá conhecer as plataformas colaborativas disponíveis e de como podem melhorar significativamente os workflows de investigação.

Objetivos de aprendizagem

  1. Saber quais são os principais tipos de plataformas colaborativas disponíveis e quais são as aplicações que cada uma pode ter.

  2. Conhecer as vantagens destes sistemas.

  3. Identificar possíveis deficiências de colaboração através dessas plataformas e como superá-las.

Componentes chave

Conhecimentos e competências

Ambientes Virtuais de Investigação (AVI)

Os Ambientes Virtuais de Investigação têm sido definidos como “ambientes inovadores, dinâmicos e ubíquos onde cientistas geograficamente dispersos podem aceder a dados, software e recursos de processamento geridos por diversos sistemas em diferentes domínios de administração, através do seu browser” (Candela, Castelli and Pagano, 2013).

Um aspeto importante é a natureza disciplinar de muitas destas ferramentas. A Comissão Europeia financiou uma série de AVI específicos para cada comunidade no âmbito da e-Infraestrutura, de modo a permitir aos investigadores executar de forma colaborativa tarefas complexas, como a integração de dados heterogéneos de múltiplas fontes, modelação, simulação, exploração, mineração e visualização de dados:

Plataformas de escrita colaborativa

Descoberta e gestão de referências

Anotação e revisão

Redes sociais académicas

Questões, obstáculos e equívocos comuns

Q: “Porque é que devo adicionar outra camada de complexidade ao meu processo de colaboração? A partilha do arquivo doc é suficiente!"

R: Não é correto ver as coisas desta forma. Embora possa parecer que está a introduzir ferramentas e plataformas adicionais na sua abordagem de trabalho habitual, na realidade está a resolver problemas de comunicação de que provavelmente não estaría cientes. Por exemplo, usando apenas um arquivo doc (com ou sem registo de alterações), mostra apenas o nível mais elevado de informação e, geralmente, apenas no final de todo o processo científico. Trabalhar no contexto de um ambiente colaborativo, desde o desenho da investigação até ao relatório, estabelece tanto uma comunicação clara quanto uma proveniência adequada.

Resultados de aprendizagem

  1. O investigador ficará familiarizado com a série de opções disponíveis para apoiar uma investigação mais colaborativa.

  2. Após decidir o que funciona de maneira ideal no seu fluxo de trabalho, o investigador poderá usar ferramentas colaborativas, como o GitHub e o Open Science Framework, para melhorar a colaboração no processo de investigação, escrita / autoria e partilha de resultados de investigação.

  3. O investigador poderá colaborar com colegas para escrever documentos de forma colaborativa, anotar artigos e partilhar essa discussão.

Leituras adicionais

- Ambiente virtual de investigação para comunidades interdisciplinares regionais do sudoeste da Europa e do Mediterrâneo oriental

- Complexo Genomico Multi-escala

- Toolkit para um ambiente digital aberto de investigação para o avanço da matemática

- Construção de ambientes de investigação para fomentar a inovação, a tomada de decisão, governação e educação para apoiar o Crescimento Azul)

- Ambiente virtual de investigação interoperável europeu para capacitar as comunidades multidisciplinares de investigação e acelerar a inovação e a colaboração

- E-infraestrutura global para a biologia estrutural

Algumas bibliotecas já oferecem AVI personalizados para projetos específicos. Por exemplo, a oferece AVI para todos os projetos externos financiados com mais de cinco pessoas.

Uma plataforma colaborativa especialmente importante no contexto da Ciência Aberta é a (OSF). Baseada em tecnologias de código aberto e criada sem fins lucrativos pelo assume-se como “uma comunidade académica para ligar todo o ciclo de investigação”. O OSF permite que os investigadores trabalhem em projetos de forma privada com um número limitado de colaboradores e tornem o seu projeto público, em parte ou no seu todo. Isto liga-se diretamente com outros sistemas colaborativos como Dropbox, GitHub e Google Docs, e pode ser usada para armazenar e arquivar dados de investigação, protocolos e materiais.

Na atual cultura de investigação dominante de "publicar ou perecer", a escrita é uma tarefa central na vida dos investigadores. Várias ferramentas e plataformas online permitem que os investigadores trabalhem juntos em tempo real em documentos, evitando assim a confusão de trocas de e-mails de versões de documentos Word de um lado para o outro. Exemplos destas plataformas são , , , e . De notar que muitas dessas ferramentas são baseadas em tecnologias proprietárias e algumas exigem pagamento para funcionalidades avançadas.

Existem muitas ferramentas que permitem armazenar e gerir referências em grupo. Exemplos disso são , e . O incorpora um gestor de referências partilhável, bem como uma rede social e ferramentas de visualização de artigos. De forma semelhante, o permite que investigadores partilhem marcadores e listas de literatura.

O poder da Web permite novos modos de revisão colaborativa pós-publicação através de serviços como e , bem como ferramentas de anotações como e .

Os investigadores há muito que usam a Web para estabelecerem as suas redes - quer através de redes sociais mais comuns como o , e , quer de redes dedicadas, como as redes sociais académicas , e .

Candela et al. (2013). Virtual Research Environments: An Overview and a Research Agenda. Data Science Journal. 12, pp.GRDI75–GRDI81.

Open Science Framework. The promise of Open Science collaboration.

Voss and Procter (2009). Virtual research environments in scholarly work and communications, Library Hi Tech, Vol. 27 Issue: 2, pp.174-190.

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doi.org/10.2481/dsj.GRDI-013
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doi.org/10.1108/07378830910968146